Doenças Cardiovasculares: causas, sintomas e a importância da prevenção

Descubra as principais doenças cardiovasculares, seus fatores de risco e sintomas, além de como a prevenção e a realização de exames podem proteger sua saúde cardíaca.

Marcelino Junior em Tempo de leitura: 13 minutos
Doenças Cardiovasculares: causas, sintomas e a importância da prevenção
Simbologia para a prevenção das Doenças Cardiovasculares

As doenças cardiovasculares (DCV) constituem a principal causa de mortes mundialmente, demandando atenção constante. Essas condições afetam o coração e os vasos sanguíneos, com a doença arterial coronariana sendo um destaque devido à sua prevalência.

Por isso, a Organização Mundial da Saúde criou a campanha Setembro Vermelho, em decorrência do Dia Mundial do Coração, uma forma de conscientizar a população de todo o mundo sobre as doenças cardiovasculares e seu eminente risco de óbito.  

Neste artigo, abordaremos como funciona o aparelho cardiovascular, as principais doenças cardiovasculares, as que mais causam mortes, suas causas e os primeiros sinais de alerta.

Como funciona o aparelho cardiovascular

aparelho cardiovascular é composto pelo coração e pelo sistema circulatório, cuja função essencial é transportar sangue rico em oxigênio e nutrientes para todas as partes do corpo, enquanto remove produtos de resíduos metabólicos.

coração é a bomba central deste sistema e opera com quatro cavidades: dois átrios (direito e esquerdo) e dois ventrículos (direito e esquerdo). Funciona em ciclos, onde o sangue flui através das artérias para os órgãos e tecidos, e depois retorna ao coração através das veias para ser reoxigenado nos pulmões.

Quais são as principais doenças cardiovasculares?

As principais doenças cardiovasculares incluem:

  • Doença Coronariana: Também conhecida como doença arterial coronariana (DAC) ou aterosclerose coronariana, essa condição ocorre quando as artérias coronárias que fornecem sangue ao coração se estreitam ou ficam obstruídas devido ao acúmulo de placas de gordura (aterosclerose). Isso pode levar a angina (dor no peito) ou a um ataque cardíaco.
  • Hipertensão Arterial: A pressão arterial elevada crônica (hipertensão) é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares. Ela coloca uma pressão excessiva nas paredes das artérias, aumentando o risco de danos e doenças cardíacas.
  • Insuficiência Cardíaca: A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não é capaz de bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. Pode ser causada por várias condições, incluindo doença coronariana, hipertensão e doenças valvulares.
  • Arritmias Cardíacas: Arritmias são alterações no ritmo cardíaco, que podem ser rápidas (taquicardia), lentas (bradicardia) ou irregulares. Algumas arritmias são inofensivas, mas outras podem ser graves e aumentar o risco de acidente vascular cerebral (AVC) ou morte súbita.
  • Doenças das Valvas Cardíacas: As válvulas cardíacas controlam o fluxo de sangue no coração. Doenças das válvulas cardíacas podem incluir estenose (estreitamento) ou insuficiência (vazamento) das válvulas. Isso pode levar a problemas de fluxo sanguíneo e insuficiência cardíaca.
  • Doenças Cardíacas Congênitas: São condições do coração presentes desde o nascimento e que podem afetar a estrutura e o funcionamento do coração. Elas variam em gravidade e podem exigir tratamento médico ou cirurgia.
  • Doença Cardíaca Reumática: Esta é uma doença inflamatória que afeta as válvulas cardíacas e pode resultar de infecções estreptocócicas não tratadas. A doença cardíaca reumática é rara em países desenvolvidos, devido ao tratamento adequado de infecções estreptocócicas.
  • Doença Vascular Periférica: Envolve o estreitamento ou obstrução das artérias fora do coração, geralmente nas pernas. Pode causar dor nas pernas, dificuldade em caminhar e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
  • Doença Cerebrovascular: Esta categoria inclui condições como acidente vascular cerebral (AVC), que ocorre quando o fornecimento de sangue para o cérebro é interrompido, muitas vezes devido a uma obstrução nas artérias (AVC isquêmico) ou ao rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro (AVC hemorrágico).
  • Trombose Venosa Profunda (TVP) e Embolia Pulmonar (EP): Essas condições envolvem a formação de coágulos sanguíneos nas veias profundas (TVP) ou a migração desses coágulos para os pulmões (EP). Embora sejam condições venosas, podem ter implicações cardiovasculares graves.

As 4 doenças cardiovasculares que mais matam

As quatro principais doenças cardiovasculares responsáveis ​​pelas maiores taxas de mortalidade são:

  • Infarto Agudo do Miocárdio (IAM): Uma forma grave de DAC, levando a um bloqueio repentino de uma artéria coronária, resultando na morte de células cardíacas.
  • Acidente vascular cerebral (AVC): A interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro pode causar danos irreversíveis.
  • Insuficiência Cardíaca: Quando não tratada adequadamente, pode ser fatal devido ao enfraquecimento progressivo do coração.
  • Hipertensão Arterial: Pode levar a complicações como AVC, doença renal e doença cardíaca.

Quais as principais causas das doenças cardiovasculares?

As principais causas das doenças cardiovasculares são multifatoriais e envolvem uma complexa interação de fatores de risco genéticos, comportamentais e ambientais. Aqui estão algumas das causas mais significativas:

Fatores de risco comportamentais:

  • Tabagismo: O uso de tabaco é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Os produtos químicos presentes no tabaco danificam as artérias e aumentam o risco de formação de placas ateroscleróticas.
  • Má Alimentação: Consumo excessivo de gorduras saturadas, colesterol, sódio e açúcares adicionados pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
  • Inatividade Física: A falta de atividade física regular enfraquece o sistema cardiovascular e pode levar ao ganho de peso, hipertensão e diabetes, todos fatores de risco para DCV.
  • Consumo Excessivo de Álcool: Beber em excesso pode aumentar a pressão arterial, contribuir para a obesidade e afetar negativamente o coração e os vasos sanguíneos.

Fatores de risco genéticos:

  • História Familiar: Se parentes de primeiro grau (pais, irmãos) tiverem histórico de doenças cardiovasculares, o risco pessoal aumenta.
  • Genética Pura: Algumas condições genéticas, como a hipercolesterolemia familiar, podem predispor indivíduos a altos níveis de colesterol, aumentando o risco de DCV.

Fatores de risco médicos:

  • Hipertensão Arterial: Pressão arterial elevada coloca uma pressão extra nas artérias, levando a danos ao longo do tempo.
  • Diabetes: Pessoas com diabetes têm maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares devido ao impacto do açúcar elevado no sangue nas artérias.
  • Obesidade: O excesso de peso corporal está associado a uma série de fatores de risco, incluindo diabetes tipo 2 e hipertensão.

Fatores de risco ambientais:

  • Poluição do Ar: A exposição a poluentes do ar pode contribuir para a inflamação das artérias e aumentar o risco de DCV.
  • Estresse: Altos níveis de estresse crônico podem afetar negativamente o sistema cardiovascular, aumentando a pressão arterial e a inflamação.

É importante notar que esses fatores de risco muitas vezes interagem entre si. Por exemplo, uma dieta não saudável e a falta de exercício físico podem levar à obesidade, diabetes e hipertensão, todos aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

A prevenção e o controle desses fatores de risco desempenham um papel fundamental na redução da incidência das doenças cardiovasculares, enfatizando a importância de um estilo de vida saudável e do acompanhamento médico regular.

Quais são os primeiros sinais de doenças cardiovasculares?

Na persistência ou intensidade de dois ou mais sintomas, procure um cardiologista ou o serviço de pronto socorro mais próximo de você.  

  1. Dor no peito ou angina.
  2. Falta de ar.
  3. Fadiga incomum.
  4. Palpitações cardíacas.
  5. Inchaço nas pernas, tornozelos e pés.

O que fazer caso os sintomas das doenças cardiovasculares se agravem?

Nos primeiros sinais de doenças cardiovasculares, é imprescindível tomar medidas imediatas, pois o tratamento precoce pode fazer a diferença na prevenção de complicações graves.

Veja as ações recomendadas:

  • Chame uma ambulância ou procure atendimento médico imediatamente: Se você ou alguém ao seu redor experimentar sintomas graves, como dor no peito intensa, falta de ar extrema, sudorese intensa, náuseas ou vômitos, é fundamental chamar imediatamente uma ambulância e procurar atendimento médico de emergência. O tempo é decisivo em casos de ataques cardíacos ou AVCs.
  • Descanse e mantenha a calma: Se você está experimentando sintomas como dor no peito ou falta de ar, é importante descansar e manter a calma. Evite atividades físicas ou estresse adicional.
  • Tome medicamentos prescritos: Se você já possui medicamentos prescritos para problemas cardíacos, como nitroglicerina para angina, tome conforme as orientações médicas enquanto aguarda a chegada da ajuda médica.
  • Mantenha-se monitorado: Se você está em risco de doenças cardiovasculares devido a fatores de risco conhecidos (como histórico familiar, diabetes, hipertensão), é fundamental monitorar regularmente a sua saúde cardiovascular, realizando exames de rotina e seguindo as orientações do seu médico.
  • Não ignore sintomas menores: Às vezes, os sintomas podem ser menos óbvios, como desconforto no peito, fadiga incomum, palpitações cardíacas, tontura ou desmaio. Não ignore esses sintomas, pois eles podem ser um sinal precoce de um problema cardíaco em desenvolvimento. Consulte um médico para avaliação.
  • Adote um estilo de vida saudável: Independentemente de você ter sintomas ou não, a prevenção é essencial. Mantenha um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios regulares, controle do peso, abandono do tabagismo e moderação no consumo de álcool.
  • Gerencie o estresse: O estresse crônico pode desempenhar um papel na saúde cardiovascular. Pratique técnicas de gerenciamento de estresse, como meditação, ioga ou relaxamento, para manter o equilíbrio emocional.
  • Cumpra o tratamento recomendado: Se você já foi diagnosticado com uma doença cardiovascular, siga rigorosamente o tratamento prescrito pelo seu médico, incluindo a medicação e as terapias recomendadas.

Lembre-se de que a conscientização sobre os sintomas e a busca por assistência médica imediata são vitais para a prevenção de complicações graves em casos de doenças cardiovasculares. Não hesite em procurar ajuda profissional e não ignore qualquer sinal de alerta, mesmo que pareça insignificante. O tratamento precoce e a adoção de um estilo de vida saudável podem salvar vidas e melhorar a qualidade de vida das pessoas com doenças cardiovasculares.

É fundamental reconhecer a importância de cuidar do sistema cardiovascular e tomar medidas preventivas, já que as doenças cardiovasculares podem ser evitadas ou gerenciadas com um estilo de vida saudável e acompanhamento médico adequado. Utilize o conhecimento sobre essas doenças para proteger o seu coração e desfrutar de uma vida mais longa e saudável.

Exames de prevenção contra doenças cardiovasculares

Existem vários exames de prevenção que podem ajudar a avaliar o risco de doenças cardiovasculares e a identificar problemas precocemente. O tipo de exame e a frequência recomendada podem variar dependendo da idade, do histórico médico pessoal e familiar e dos fatores de risco individuais. Aqui estão alguns dos exames mais comuns usados na prevenção de doenças cardiovasculares:

  • Monitoração de Pressão Arterial: A medição da pressão arterial é um exame simples e importante. A hipertensão (pressão alta) é um fator de risco significativo para doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC). Deve ser monitorada regularmente, pelo menos uma vez por ano, ou com mais frequência se você já tem pressão alta ou outros fatores de risco.
  • Colesterol Total e Frações HDL, LDL e VLDL: O perfil lipídico mede os níveis de colesterol total, HDL (colesterol bom) e LDL (colesterol ruim). Níveis elevados de LDL e baixos de HDL podem aumentar o risco de doenças cardíacas. Recomenda-se que adultos façam essa medição a cada 4 a 6 anos, mas com maior frequência se houver fatores de risco.
  • Glicose e Glicemia de Jejum: O teste de glicose em jejum avalia o nível de açúcar no sangue e ajuda a identificar o diabetes, que é um fator de risco para doenças cardiovasculares. A frequência desse exame depende do seu histórico médico e de outros fatores de risco.
  • Eletrocardiograma ECG: Este exame registra a atividade elétrica do coração e pode identificar arritmias cardíacas e outras anormalidades elétricas. É frequentemente realizado como parte de um check-up de rotina ou se houver sintomas cardíacos.
  • Ecocardiograma: Este é um ultrassom do coração que fornece imagens detalhadas das estruturas cardíacas e da função cardíaca. É usado para avaliar problemas estruturais e funcionais do coração.
  • Teste Ergométrico: Esse teste monitora a resposta do seu coração ao exercício físico. É usado para avaliar a capacidade de exercício, detectar arritmias e avaliar a função cardíaca durante o esforço.
  • Angiografia Coronariana por Tomografia Computadorizada (Angio-TC): Esse exame de imagem ajuda a avaliar a presença de obstruções nas artérias coronárias, o que pode indicar doença arterial coronariana.
  • Ressonância Magnética Cardíaca (RMC): A RMC fornece imagens detalhadas do coração e é útil na avaliação de várias condições cardíacas, incluindo doenças da válvula e problemas estruturais.
  • Exames Laboratoriais de Inflamação: Alguns exames laboratoriais, como a proteína C-reativa (PCR) de alta sensibilidade, podem ser usados para avaliar o nível de inflamação no corpo, que está ligado ao risco de doenças cardiovasculares.

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