Dengue hemorrágica: detecção, tratamento e prevenção

A dengue hemorrágica, uma forma severa da dengue, uma enfermidade viral transmitida majoritariamente pela picada do mosquito Aedes aegypti, apresenta um quadro alarmante de aumento de casos no país. Compreender suas vias de diagnóstico, tratamento e, sobretudo, estratégias de prevenção torna-se imperativo.

O Brasil testemunhou um crescimento significativo de casos de dengue, registrando 120.874 casos nas três primeiras semanas epidemiológicas do ano, representando um aumento de 170% em relação ao mesmo período do ano anterior, além de 12 mortes suspeitas registradas.

Este artigo visa abordar esses aspectos de maneira clara e acessível sobre a detecção, tratamento e prevenção da dengue hemorrágica. Confira:

Detecção da dengue hemorrágica

O diagnóstico da dengue hemorrágica geralmente se baseia nos sintomas manifestados pelo paciente e em exames laboratoriais. Sintomas comuns incluem febre alta, dores de cabeça intensas, dor ocular, dores musculares e articulares, juntamente com manifestações hemorrágicas, como sangramento nasal, gengival ou gastrointestinal.

Exames sanguíneos, tais como o teste do NS1, PCR e sorologia para detecção de anticorpos específicos, são cruciais para confirmar o diagnóstico.

Principais exames incluem:

• Teste do NS1: Detecta a presença do antígeno NS1 do vírus da dengue no sangue, útil nos estágios iniciais da doença.
• PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Identifica o material genético do vírus da dengue no sangue, sendo uma ferramenta sensível para diagnóstico precoce.
• Teste de Sorologia: Mede a presença de anticorpos específicos contra o vírus da dengue no sangue do paciente, geralmente realizados em duas etapas: na fase aguda para detectar IgM (imunoglobulina M) e na fase de convalescença para detectar IgG (imunoglobulina G).

Além disso, monitorar os níveis de plaquetas e hematócrito é crucial, pois sua diminuição pode indicar a gravidade da doença.

Tratamento da dengue hemorrágica

O tratamento é principalmente de suporte, visando aliviar sintomas e prevenir complicações. Repouso, ingestão abundante de líquidos para evitar desidratação e uso de medicamentos para controlar febre e dor, como paracetamol ou dipirona, são recomendados (verificar alergias aos medicamentos para eficácia e segurança).

Em casos graves, com risco de choque ou hemorragias severas, a hospitalização é necessária. Nesses casos, fluidos intravenosos, transfusões de plaquetas e tratamentos específicos podem ser administrados para manter a estabilidade do paciente.

Medidas de prevenção da dengue hemorrágica

A prevenção é crucial, exigindo esforços individuais e coletivos. Medidas simples como eliminar locais de acúmulo de água parada, uso de repelentes, telas em janelas e roupas que cubram o corpo podem reduzir o risco de picadas de mosquito.

Autoridades de saúde devem realizar ações de controle do vetor, como tratamento de reservatórios de água, fumigação de áreas infestadas e educação da população sobre medidas preventivas.

A vacinação também desempenha um papel importante. Em alguns países, vacinas contra a dengue estão disponíveis, reduzindo significativamente o risco de infecção.

Em síntese, a dengue hemorrágica é uma doença grave que requer diagnóstico precoce, tratamento adequado e, principalmente, esforços preventivos. Com a colaboração da população e das autoridades de saúde, é possível reduzir a incidência dessa enfermidade e proteger vidas em todo o mundo.

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